quarta-feira, 18 de março de 2009

FILME “O TERMINAL”




O filme “O TERMINAL” de Steven Spielberg, conta a história de Viktor Navorski, um homem que diante da promessa que fez ao seu pai, viaja de sua terra natal, Krakozhia, até os Estados Unidos. Depois do conflito interno ocorrido em seu país enquanto voava, é criado um entrave burocrático no qual Viktor tem seu passaporte, visto de entrada, e dinheiro não reconhecidos nos Estados Unidos. O filme permite analisar as várias formas de comunicação e os problemas gerados quando não há compreensão dos códigos. Victor é levado até o Diretor do aeroporto (Dixon), que com ausência de tradutor tenta através de gestos, sinais e imagens, transmitir o ocorrido, contudo Viktor não compreende as informações. Só quando escuta o hino da Krakozhia e vê imagens do conflito através da televisão é que o personagem cria a necessidade de entender o código americano. Sem opção, o mesmo é obrigado a sobreviver no aeroporto, onde passa a reinventar maneiras de entender e ser entendido pelas pessoas, então Viktor compra dois livros iguais de códigos diferentes, um na sua língua e outro na língua Inglesa e compara palavras e seus significados. Vivendo no aeroporto Viktor passa a ser um problema para Dixon, que tenta por diversas vezes convencê- lo a sair do aeroporto mesmo sem autorização, mas o personagem percebe que esta sendo monitorado pelas câmeras e desiste. Viktor volta diariamente ao setor de imigração, onde é atendido pela policial Dolores, na esperança de conseguir a liberação de seu visto. No aeroporto todas as áreas são planejadas e bem sinalizadas, porém continua sendo um grande desafio para Navorski estabelecer comunicação. Ele passa a compreender as placas da área de alimentação, telefone, as placas de sinalização de piso molhado, que para ser atendido, precisa esperar antes da faixa amarela, que as cores dos carimbos usados pelo setor de imigração significam sim ou não para a liberação do seu visto. Com a falta de tickets de alimentação, Viktor percebe que ao devolver os carrinhos ao local correto receberá moedas e conseguirá comprar alimentos, mas isso não dura muito, pois Dixon ao perceber, cria um novo cargo de ajudante de transporte. No decorrer do filme, Viktor consegue estabelecer comunicação, criando uma rede de relações com os funcionários, pessoal da administração e seguranças. Em troca de comida para se manter no aeroporto, Viktor aceita trazer informações da policial Dolores, pela qual o amigo, repositor de mercadoria, é apaixonado. Viktor também se apaixona por Amélia, uma aeromoça, que depois de explicar que morava no aeroporto, ela distorce os fatos e passa entender que Viktor é um empreiteiro. Um estrangeiro que tenta levar remédios para seu pai, fazendo conexão nos EUA, é apreendido. Dixon sem o domínio da língua e mais uma vez sem tradutores, cria uma situação de pânico no aeroporto, que só se resolve com a chegada de Navorski, pois já conhecendo a burocracia e as normas contidas nos diferentes formulários de diversas cores, e tendo o domínio da língua estabelece comunicação através da fala e dos olhos e diz que os remédios são para o seu “bode” e não para seu pai, percebemos então a comunicação mista, de palavras, gestos, sinais e que ela só existe quando há compreensão dos códigos utilizados, caso contrário a mensagem será transmitida e não haverá entendimento. Passados nove meses, Viktor recebe a notícia que a guerra acabou e Amélia consegue um visto temporário, no entanto Viktor no setor de imigração descobre que precisa da assinatura do diretor Dixon, que o chantageia.Para não prejudicar seus amigos Viktor aceita não ir a Nova Iorque, contudo depois da atitude de seu amigo parar o avião que Viktor voltaria para Krakozhia e encorajado por seus colegas, saí em destino ao portão principal do aeroporto. Depois de conseguir alcançar seu objetivo, Viktor pega um táxi e volta para sua casa tendo realizado a sua promessa. O Terminal é o palco onde todos os obstáculos da comunicação são superados, pela criatividade e atenção de um cidadão comum, revelando opções e possibilidades que olhares atentos ou derivados da necessidade podem conceber e produzir o novo meio de se comunicar.