sexta-feira, 22 de maio de 2009

RECURSOS DA NEUROIMAGEM

A avaliação psicológica, através da neuropsicologia, é umas das áreas da saúde que têm se beneficiado muito com a utilização da tecnologia e recursos da neuroimagem. No que diz respeito aos tratamentos da saúde mental como um todo, as diversas possibilidades de precisão que a neuroimagem oferece são uma verdadeira conquista e avanço para a ciência e à humanidade em geral com a capacidade de fazer um correto diagnóstico, podendo se realizar tratamentos mais eficazes e com maior margem de acerto, (Mäder, 1996; Groth-Marnat, 2000).

A neuroimagem também possibilita à neuropsicologia, com maior facilidade e detalhamento, identificar distúrbios das funções superiores, produzidos por alterações cerebrais, desencadeando respostas comportamentais. A avaliação neuropsicológica abrange objetivos como o diagnóstico diferencial, a identificação do comprometimento das funções cognitivas e a avaliação do grau de deterioração apresentado pelo portador de doença mental e demais transtornos.

Este trabalho de pesquisa de neuropsicologia apoiado pela neuroimagem vem confirmar a importância e relevância do conjunto de técnicas voltadas para a visualização da estrutura, as funções e a farmacologia do cérebro e suas respectivas categorias: estrutural, com o diagnóstico de doenças e lesões intracranianas em escala maior; e funcional para diagnosticar doenças metabólicas e lesões em uma escala mais refinada, e também para a pesquisa na neurologia, psicologia cognitiva e na construção de interfaces entre o cérebro e o computador. (Lezak 1995).

Como vimos no desenvolver do conteúdo acima, os exames como a tomografia computadorizada (TC), (Marcos Carneiro, Atlas de neuroanatomia,2004),a ressonância magnética (MRI), (Selby, 2000), a tomografia por emissão de pósitrons (PET), a tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) e a ressonância magnética funcional (FMRI), atualmente são recursos indispensáveis nos diagnósticos e tratamentos, o que vem a favorecer, além dos dados estruturais, a possibilidade de obter informações fundamentais do funcionamento cerebral de atividades complexas. (Buchpiguel, 1996),

No entanto, apesar de esta tecnologia avançada ser preponderante no trabalho da neuropsicologia e saúde mental, as sutilezas das alterações cerebrais ou as limitações do neuroimageamento ainda parecem dificultar um melhor entendimento sobre os transtornos mentais uma vez que estes procedimentos devem ser sensíveis o suficiente para detectar aspectos sutis presentes nos transtornos (Rocha & cols., 2001). Hyman (2003).

Para nossa equipe, fica cada vez mais claro no estudo e pesquisa do referido assunto que, as psicoterapias através das neurociências, juntamente com o advento da neuroimagem, apresentam e, principalmente desenvolvem, hoje em dia o potencial de modificar circuitos neurais disfuncionais associados aos transtornos tratados – como transtorno bipolar e a depressão, distúrbios tão comuns a esta época, aos quais tantas pessoas são acometidas. As perspectivas em novos estudos e pesquisas deixam evidentes que, além do que já se evoluiu nos tratamentos, poderão auxiliar psiquiatras, psicólogos e neuropsicólogos no trabalho preventivo, de avaliação e diagnóstico nas doenças e distúrbios mentais.

Por fim, fica em todos nós, ao fechamento desse trabalho, o encantamento, o estímulo e o reconhecimento das conquistas e da complexidade do serviço das neurociências, bem como da neuroimagem, no que tange ao enriquecimento e ampliação dessa importante área científica em relação a sua imensurável contribuição a decifrar os enigmas do cérebro.

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